quinta-feira, 23 de junho de 2011

Wish List - O Guardião de Livros - Cristina Norton

Lançado recentemente na Livraria Cultura, um livro despertou a minha atenção: O Guardião de Livros de Cristina Norton. Nunca li nada desta autora , mas o tema deste romance deixou-me interessada: relata a história do bibliotecário D. Jão VI, Luís Joaquim dos Santos Marrocos,  que atravessou o oceano com todo o conteúdo da Biblioteca Real que ficaram esquecido em Lisboa aquando da partida da Corte para o Brasil.

A história deste personagem portugês já captara a minha atenção quando li os livros  de Laurentino Gomes sobre a permanência da corte portuguesa da D. João VI no Brasil (1808 e 1822). A possibilidade de a ler romanceada, colocou este livro na minha wish list.

Cristina Norton nasceu a 28 de Fevereiro de 1948, em Buenos Aires, Argentina. Reside há mais de 30 anos em Portugal e optou pela nacionalidade portuguesa. Estudou História da Civilização Francesa na Sorbonne, Belas-Artes na ESBAL e História da Arte na ESARES, estudos que deixou incompletos.Fez vários cursos de línguas e literatura.Está publicada no Brasil e no Chile. Da sua obra, que inclui a poesia, o romance e o conto, destaca-se O Afinador de Pianos (romance, 1997), O Lázaro do Porto (romance histórico, 2000), Os Mecanismos da Escrita Criativa (manual, 2001), O Segredo da Bastarda (romance histórico, 2002), O Barco de Chocolate (contos infantis, Prémio Adolfo Simões Müller, 2002) e A Casa do Sal (romance, 2006).

O resumo apresentado pelos editores para O Guardião de Livros, pelos editores (Livros d'hoje):

Uma escrava muda conta um segredo guardado durante 200 anos; um escravo apaixona-se por quem não deve; uma carioca leva um português a descobrir as delícias do sexo; um cientista judeu a quem são confiados dois livros raros naufraga nas ilhas Malvinas. Estas são algumas das personagens deste romance, que nos narra a vida de Luís Joaquim dos Santos Marrocos, um bibliotecário hipocondríaco que, em 1811, atravessa o Atlântico rumo ao Brasil acompanhado por 76 caixotes cujo conteúdo era verdadeiramente precioso: no seu interior seguia a Real Biblioteca do Palácio de Ajuda, inicialmente esquecida no cais de Belém aquando da saída apressada da Corte portuguesa para o Brasil em 1808. A chegada ao Rio de Janeiro não foi fácil para Marrocos ao deparar-se com uma cidade onde nada o seduzia, – nem a comida, nem os cheiros, nem o calor – e com uma corte endividada, amante de cerimónias grandiosas e grosseira nos seus costumes diários. Mas tudo mudou quando conheceu Ana de Souza Murça.
A autora descreve-nos uma vida rica em acontecimentos inesperados, onde a ironia se mistura com momentos comoventes.

Ficam as imagens das capas das edições brasileira e portuguesa, e as respectivas editoras.
Casa da Palavra
Livros d'Hoje


quarta-feira, 22 de junho de 2011

Danças na Floresta - Juliet Marillier

Apesar do romance fantástico não ser o meu território favorito, a Julliet Marillier, pela forma como constrói as suas histórias, pela densidade dos seus personagens e pelas relações entre estes,  tem sempre a capacidade de me fazer reviver a magia e o encantamento que encontrava, na minha infância, nos contos de fadas.

Foi justamente por essa relação que a descobri, já faz alguns anos, quando surgiu no mercado a Filha da Floresta (primeiro volume da Trilogia Sevenwaters). Ao ler a contracapa, o breve resumo trouxe-me à memória um conto que tanto me tinha tocado, no qual uma jovem princesa se esforça e sofre em silêncio, para salvar os seus irmão do encantamento de uma feiticeira.

Os seus romances  apreendem a intemporalidade dos contos de fadas tradicionais e apresentam-nos personagens que se debatem com os desafios do crescimento, da entrada na idade adulta, e do amor, agradando tanto a homens como mulheres, mais e menos jovens.

Editora Bertrand

Neste Danças na Floresta, que surge no âmbito dos seus livros destinados a um público mais juvenil, e do qual ainda vou no início, a acção que habitualmente tem lugar nas ilhas britânicas e e Irlanda, num tempo remoto, desloca-se para uma Transilvânia sob o domínio turco. Tendo já surgido menção a um povo da noite, a autora parece revelar neste livro de 2007, inspirado no conto de fadas As Doze Princesas Bailarinas, a actual tendência dos romances de vampiros. Espero que não seja uma cedência a modas e que este enquadramento se venha a mostrar relevante ao longo da trama, capturando um tipo de personagem do folclore europeu para dar riqueza  à diversidade de personagens que costuma utilizar nos  seus romances. Confesso que até agora Marillier nunca me desiludiu!

A autora estará em Portugal de  3 a 7 de Julho, estando previstas algumas iniciativas de contacto com os admiradores dos seus livros e um evento de lançamento do novo livro - A Vidente de Sevenwaters, publicado pela Planeta Editora  - que terá lugar  na FNAC Colombo, dia 6 de Julho às 18:30. Mais informação sobre a vida e obra desta escritora neozelandeza pode ser encontrada no seu site oficial.